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Ata do Copom abre espaço para Selic subir a 5,25% em agosto


O Comitê de Política Monetária (Copom) avaliou a possibilidade de acelerar a alta dos juros em sua reunião da semana passada, mas entendeu que seria mais adequado manter o ritmo de aperto de 0,75 ponto percentual (p.p.), com a indicação de um aperto maior no encontro seguinte, mostrou a ata da reunião divulgada nesta terça-feira.


O colegiado avaliou que essa estratégia teria a vantagem de dar mais tempo para o Copom acumular informações sobre a evolução dos preços mais inerciais, em meio à recuperação do setor de serviços, e também do comportamento das expectativas de inflação.


O colegiado frisou que o compromisso "inequívoco" do BC é com a convergência da inflação para o horizonte relevante e que os passos para se alcançar esse objetivo são ajustados de acordo com as informações que se tornam disponíveis.


"Desse modo, indicações sobre a trajetória futura dos juros, sejam para a próxima reunião ou para o patamar final, são elementos úteis para a compreensão da função de reação da política monetária", disse o Copom na ata.


"As informações obtidas no período entre as reuniões do Copom modificam as hipóteses presentes no cenário básico e no balanço de risco, e naturalmente alteram a trajetória futura dos juros."


Para André Perfeito, economista-chefe da Necton, acredita que a ata sugere uma alta de juros ainda mais forte na reunião de agosto, de 1 ponto percentual. Caso a previsão seja confirmada, a Selic subirá para 5,25% ao ano.


"O BC quer verificar se há uma alteração da inflação de serviços e como as expectativas vão se comportar. Ambos os fatores apontados devem continuar piorando nas próxima semanas, seja por conta da recente alta de energia elétrica, seja por um sentimento difuso de piora da dinâmica inflacionária", afirma em nota o economista.

Torun

22/06/2021 10h26

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