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Estados apertam restrições contra covid após recorde diário de mortes.

Atualizado: 1 de mai. de 2021


Estudo divulgado pela Fiocruz nesta terça-feira (2) mostrou que, desde o início da pandemia, os indicadores da cobiça-19 do país se deterioraram ao mesmo tempo, como número de casos, número de óbitos, testes positivos altos e sobrecarga hospitalar . O anúncio também mostra que 20 das 27 capitais têm uma taxa de ocupação de mais de 80% dos leitos para covid-19. Embora os dados sejam chocantes, o estudo enfatiza que eles “constituem apenas a ponta do iceberg da extrema transmissão no país”.


Dado o registro diário de mortes registrado ontem, quando 1.726 pessoas não resistiram, além de casos e internações, todos os estados planejam aumentar as restrições para a contagem da pandemia. Em São Paulo, por exemplo, o Centro de Contingência Covid-19 com o governo anunciou, nesta quarta-feira (3), mudanças no plano para flexibilizar as atividades econômicas. A previsão é que todas as regiões passem para a fase vermelha, fase em que apenas os serviços essenciais permanecem abertos à população.


A secretaria estadual de saúde alertou que, nesta semana epidemiológica, o estado tem 14,7% a mais de internações por covid-19 do que o registrado no pico da primeira onda da doença, em julho do ano passado. Nas semanas anteriores, o estado adotou medidas como o toque de recolher das 23h às 5h para evitar a realização de festas e eventos.


No interior do estado, a ocupação de leitos de UTI e enfermaria fez com que municípios como Araraquara e Mogi Guaçu decretassem bloqueios para conter a circulação da população e reduzir a transmissão do vírus. Outros estados já decretaram o colapso da saúde. No sul do país, Santa Catarina sofre com a falta de leitos para o tratamento da doença e começou a transferir, nesta quarta-feira, pacientes com covid-19 para o Espírito Santo. O Espírito Santo, por sua vez, já havia recebido 36 pacientes do Amazonas e 30 de Rondônia, que também foram transferidos devido ao desabamento do hospital em seus estados de origem.


No final de fevereiro, o Rio Grande do Sul adotou medidas mais rígidas para evitar o colapso. O governo gaúcho suspendeu o modelo de gestão compartilhada, que deu autonomia aos municípios para administrar as medidas contra a pandemia. Todas as regiões foram classificadas com bandeira preta e deverão seguir rigorosamente as determinações da faixa, com maior risco de contaminação. No Centro-Oeste do país, o Distrito Federal iniciou um regime de lockdown de 15 dias no domingo (28). O decreto é válido até 15 de março.


No início do ano, um dos primeiros estados a dar sinais de esgotamento no sistema de saúde foi o Amazonas, quando pacientes internados com covid-19 sofreram com a falta de oxigênio nos principais hospitais do estado. No dia 15 de janeiro, quando o estado do Amazonas viveu o desencadeamento da crise de oxigênio, médicos e enfermeiras relataram ter que diminuir o ar oferecido aos pacientes internados e, ao mesmo tempo, acalmá-los.


Na segunda-feira (01), o coordenador executivo do Centro de Contingência Covid-19, em São Paulo e ex-integrante do Ministério da Saúde na gestão do então ministro Luiz Henrique Mandetta, João Gabbardo, disse que o país vive uma situação extremamente difícil momento. crítica em meio à segunda onda da doença. “O país inteiro está em colapso, então não é mais possível que as medidas sejam da responsabilidade apenas de gestores estaduais, governadores e prefeitos. É impossível para nós ficarmos nesta pandemia sem uma unificação de condutas”, disse.


Ele exigiu que o Ministério da Saúde adote uma postura nacional de combate à pandemia com toque de recolher às 20h em todo o país. “O Ministério da Saúde tem que assumir as responsabilidades desse processo, deve dizer a partir de agora que é proibido qualquer tipo de aglomeração e evento, o toque de recolher a partir das 20h em todo o país, o fechamento de praias por determinado período, o reconhecimento de um estado de emergência e um Plano Nacional de Comunicação. Isso é essencial para termos resultados daqui para frente. ”

Torun

03/03/2021


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